- 7 de março de 2025
- Publicado por: José Medeiros
- Categorias: Notícias CTB Nacional, Notícias CTB-RJ

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – Rio de Janeiro (CTB-RJ), através da sua Secretaria da Mulher Trabalhadora, convoca todas as mulheres para uma grande mobilização no Dia Internacional da Mulher. A unidade das trabalhadoras será determinante para a força desse dia tão importante e será realizada na data de 10 de marco, conforme decidiram em conjunto as mulheres de luta à frente de sua organização.
Desde as primeiras reuniões de organização, as dirigentes cetebistas têm trabalhado incansavelmente para garantir uma grande concentração classista. O ponto de encontro das Mulheres da CTB será às 15h, na sede do Sintect-RJ (Av. Presidente Vargas, 502/14º andar). De lá, todas seguirão juntas para a Candelária e marcharão rumo à Cinelândia às 16h.
O mote deste ano sintetiza a necessidade urgente de luta: “Mulheres em luta contra o alto custo de vida, o fascismo e todas as violências. Pela legalização do aborto! Pelo fim da escala 6×1 e por trabalho e salários dignos! Por justiça ambiental, soberania alimentar, direito à água e contra a militarização de nossas vidas e territórios. Basta de genocídio negro, indígena e palestino. Por democracia, sem anistia para os golpistas de ontem e de hoje”.
A mobilização do dia 8 de Março tem raízes na história de resistência das mulheres trabalhadoras. O Dia Internacional da Mulher nasceu das lutas por melhores condições de vida e trabalho, marcadas por greves e protestos desde o final do século XIX. Em 1917, uma greve operária liderada por mulheres na Rússia impulsionou a Revolução de Fevereiro, tornando o 8 de Março um símbolo internacional de resistência.
Ao longo do século XX, as mulheres arrancaram conquistas fundamentais: o direito ao voto, a licença-maternidade, a ampliação da presença feminina nos sindicatos e a criminalização do assédio. No Brasil, as trabalhadoras tiveram papel central na Constituição de 1988, garantindo direitos como a licença-maternidade de 120 dias e a proteção contra demissões arbitrárias. Mas a luta está longe de acabar.
As mulheres seguem sendo as mais afetadas pelo desemprego e pelo trabalho precarizado. A sobrecarga do trabalho doméstico, a violência de gênero e o feminicídio ainda são realidades gritantes. Além disso, o avanço da extrema-direita e do neoliberalismo impõe retrocessos, como a tentativa de flexibilização das leis trabalhistas e o ataque a políticas públicas essenciais.
Como destaca Débora Henrique, dirigente do Sintect-RJ e Secretára da Mulher Trabalhadora da CTB Rio de Janeiro, a participação de todas é fundamental:
“A participação de todas as mulheres na marcha/ato do Dia Internacional da Mulher é de imensa importância para reafirmar direitos e lutar por tantos outros importantes para nós, mulheres”.
A luta das mulheres trabalhadoras é histórica e construir essa luta está no DNA da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil.