- 11 de agosto de 2023
- Publicado por: José Medeiros
- Categoria: Notícias CTB-RJ
Os episódios dos últimos dias na Cidade de Deus refletem o que é uma rotina de terror para a população das favelas e periferias cariocas. O adolescente Thiago Menezes Flausino morreu baleado na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio na madrugada desta segunda-feira (7). Ele foi baleado por volta da 0h40, na Estrada Marechal Miguel Salazar Mendes de Moraes, a via principal da comunidade.
Essa é uma realidade fluminense que precisa mudar. Cidade de Deus, Complexo do Alemão, Complexo da Maré, muda o nome da comunidade, mas não muda a realidade: escolas fechadas, postos de saúde deixando de funcionar em virtude de confrontos que levam terror e ceifam vidas inocentes todos os dias em nosso Estado.
É urgente repensar a forma como se faz segurança pública no Rio de Janeiro. As favelas e periferias não podem ficar à mercê de operações em horários de grande circulação de pessoas, que colocam vidas inocentes em risco e transforma a vida de trabalhadores e trabalhadoras em verdadeiros filmes de terror.
“O governador Cláudio Castro tomou uma decisão de governo que vai ser lembrada para todo o sempre: o inimigo a ser abatido é o pobre, pobre e morador das favelas do Rio de Janeiro. E para executar essa cruel missão, as forças de segurança são não titubeiam. Os números de vítimas inocentes comprovam que o despreparo e a violência gratuita são as marcas principais das ações policiais. A presença policial é a única presença do estado nas áreas carentes do Estado. Nessas áreas o estado não se faz presentes com saneamento básico, moradia digna, segurança, cultura, lazer, saúde e educação, necessidades básicas para um ambiente digno e saudável. As operações também retiram milhares de crianças das salas de aulas, impedem o funcionamento dos equipamentos de saúde próximos à esses bairros, os transportes e a vida do comércio também são duramente afetados. É um caos, um terror. E isso precisa ser estancado. Cláudio Castro, pare de nos matar.” – falou o Presidente da CTB, Paulo Sérgio Farias