Condenado: justiça brasileira reafirma independência em julgamento histórico 

A condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 (três) meses marca o fim de uma era de impunidade que tanto envergonhou o Brasil. Pela primeira vez em nossa história recente, o Estado brasileiro deu uma resposta firme e exemplar a um projeto autoritário que flertou abertamente com o golpismo, a desinformação e o desprezo pelas instituições democráticas. 

É, acima de tudo, um respiro profundo da democracia – sufocada por anos de ataques, mentiras e manipulações.

A Justiça foi feita. O país mostrou ao mundo que não tolera aventureiros autoritários travestidos de líderes populares. Que quem atenta contra a soberania nacional, contra o Estado Democrático de Direito, terá que enfrentar as consequências. Esta condenação não é um ato isolado: é o símbolo de uma Nação que decidiu se levantar, que reafirma seu compromisso com a Constituição e com os direitos fundamentais.

Mas é pouco diante do tamanho do estrago causado.

Mais de 700 mil vidas perdidas na pandemia, muitas das quais poderiam ter sido salvas com uma gestão responsável. Famílias dilaceradas, comunidades inteiras abandonadas enquanto o governo zombava da dor do povo. A fome e a miséria, que haviam sido drasticamente reduzidas nas últimas décadas, voltaram com força, fruto do desmonte de políticas públicas, do desrespeito à ciência e da opção deliberada por um governo que preferiu o caos à solidariedade.

Não esqueceremos os ataques às urnas eletrônicas, às instituições, à imprensa livre, à educação, cultura, ao meio ambiente e aos povos indígenas. Não esqueceremos os atos golpistas de 8 de janeiro e todos os que os incentivaram, financiaram ou se omitiram por conveniência ou covardia. Por isso, é preciso seguir em luta contra a sanha golpista que ainda ecoa entre os seguidores fanáticos do bolsonarismo.

Hoje, mostramos ao mundo como se responde àqueles que tentam destruir a democracia: com a força das leis, com instituições firmes e com a mobilização do povo. O Brasil deu uma lição de soberania, coragem e compromisso com o futuro.

A condenação de Bolsonaro é um marco, mas não é o ponto final. É o início de uma reconstrução. E cabe a cada um de nós garantir que os fantasmas do autoritarismo nunca mais encontrem abrigo em nossa República.

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