- 20 de agosto de 2025
- Publicado por: Marcios Mauricio
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Em um importante encontro para rearticular a Frente Parlamentar pela Indústria Naval, a CTB/RJ se uniu com o Sindmar, e outros representantes de entidades, para discutir a crise da indústria no Rio de Janeiro. A situação é considerada por muitos como de “solução essencialmente política”, conforme apontou Carlos Augusto Müller, presidente do Sindmar e secretário de Relações Internacionais da CTB.
A discussão trouxe à tona a crise dos estaleiros no estado do Rio de Janeiro, que estão encontrando dificuldades administrativas e até mesmo legais para se adequarem e, assim, poderem atender às normas e participar em licitações da Petrobras. Müller defendeu que a regulamentação do BR do Mar é um avanço em relação às perdas impostas aos trabalhadores pelo governo Bolsonaro, mas uma solução mais efetiva depende da aprovação de projetos de lei propostos por parlamentares, como o PL nº 1.319/24, da deputada federal Jandira Feghali.
A Luta dos Trabalhadores
Na reunião, o presidente do Sindimetal-Rio, Melquisedeque Cordeiro, classificou a realidade no Rio de Janeiro como “muito dura” e apontou para a falta de interesse do governo local em dialogar com o governo federal.
O debate é crucial, especialmente para os milhares de ex-funcionários dos estaleiros que ainda não receberam suas verbas rescisórias. A secretária-geral da CTB/RJ, Raimunda Leone, reforçou que o setor naval é fundamental para o desenvolvimento econômico, mas lamentou a aparente falta de vontade política para impulsionar a reestruturação da indústria. A organização dos trabalhadores através do fórum da indústria naval é vista como uma ferramenta essencial para fortalecer essa luta.
Críticas aos Navios de Bandeiras Estrangeiras
O presidente da CTB/RJ, Paulo Farias, destacou a posição do Sindmar sobre os navios estrangeiros que operam em águas brasileiras. Ele ressaltou dois pontos principais de crítica:
- A ausência de defesa da bandeira brasileira: O uso de bandeiras de conveniência (navios registrados em outros países com legislações menos rigorosas) prejudica a soberania nacional e a economia do Brasil. Essa prática impede uma fiscalização adequada das condições de trabalho e ambientais.
- A falta de subordinação às leis brasileiras: A CTB/RJ, alinhada com o Sindmar, defende que os navios que operam por longos períodos no Brasil devem seguir a legislação trabalhista brasileira. A meta é garantir condições justas para os trabalhadores e proteger a economia do país.