Editorial: água como soberania nacional

Por Vitor Duque, Presidente do SINTSAMA-RJ

A preservação da natureza será um dos pontos centrais em debate na COP 30, que acontece em novembro no Brasil, reunindo lideranças mundiais, cientistas e movimentos sociais para discutir medidas concretas diante da crise climática. O encontro reforça a urgência de proteger florestas, rios, mares e biodiversidade, fundamentais para o equilíbrio do planeta e a vida das futuras gerações.

Neste debate, a preservação da água é fundamental para a vida da população. Em matéria recente, que trata do “custo trilionário da falta de água para o planeta”, o G1 destaca que “cerca de 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo já vivem sem acesso regular a água potável fresca. E metade da população global enfrenta escassez de água numa parte do ano”.

Diz ainda que a Terra é formada por 70% de água, mas só 0,5% é própria para consumo e uso na agricultura e está ao alcance do povo. Neste ponto, o Brasil se destaca por possuir a maior reserva de água doce do mundo, concentrando cerca de 12% do total. É o caso dos grandes aquíferos, como o Sistema Aquífero Grande Amazônia (SAGA) e o Aquífero Guarani, dois enormes reservatórios.

Por isso, é preciso trazer para o centro do debate a importância da preservação e da segurança dos mananciais, aquíferos, nascentes e das captações de água.

Se entendemos que a água é um direito fundamental e essencial para a sobrevivência humana, então não pode ser tratada com mercadoria. Neste contexto, é imprescindível a atuação das empresas públicas de saneamento na preservação da segurança e na soberania nacional.

É preciso garantir um mínimo existencial de água para o ser humano, com uma tarifa social para quem não pode pagar. Nossa experiência mostra que somente as empresas públicas de saneamento podem manter esse papel e dar dignidade para as pessoas

Mais informações: O custo trilionário da falta de água para o planeta (Veja aqui)

 

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