- 26 de março de 2024
- Publicado por: José Medeiros
- Categorias: Mulheres, Notícias CTB-RJ
A Vice-Presidenta da CTB Rio de Janeiro, Katia Branco, foi uma das homenageadas pelo Sindicato dos Bancários da Bahia, no último dia 21, na entrega do Troféu Alice Bottas. O Troféu é uma forma que o sindicato encontrou de homenagear mulheres que se destacam nas mais variadas áreas da sociedade.
Em matéria publicada no site da entidade, o Sindicato afirma que através do prêmio, criado em 2015, o Sindicato “reforça a importância da luta por igualdade de gênero em todos os ambientes da sociedade e por um país sem discriminação e sem violência contra as mulheres”.
A solenidade de premiação ocorreu na Casa Pia de São Joaquim, em Salvador. Katia Branco recebeu o prêmio na categoria Bancária. Além dessa categoria, o prêmio também homenageia mulheres de destaque nas áreas da Saúde, Ativismo Social, Comunicação, Cultura, Esporte, Jurídico e Sindical.
Alice Bottas, que dá nome ao prêmio, foi a primeira mulher a integrar a diretoria do Sindicato dos Bancários da Bahia, em 1934. Receberam o Troféu em 2024 as companheiras Kátia Branco (Bancária), Dolores Fernandez Fernandez (Saúde), Rosa de Souza (Sindical), Tânia Toko (Cultura), Marleide Moreira Nogueira (Ativismo Social), Cleuma Gonzalez dos Santos da Rocha (Esporte), Esmeralda Maria de Oliveira (Jurídico) e Tarsilla Alvarindo (Comunicação). Em sua fala na premiação, Katia Branco lembrou do pionerismo de Alice:
“O contexto histórico em que Alice começou a sua militância não era nada favorável para as mulheres. O Brasil passava por transformações políticas importantes com a chamada Revolução de 30, mas o cenário era de incertezas para os trabalhadores e para o incipiente movimento sindical, numa sociedade que ainda tratava as reivindicações trabalhistas como casso de polícia – isso não mudou completamente, mas melhorou bastante.”
Katia Branco comentou o mundo em que Alice viveu e o mundo de hoje, reconhecendo os avanços que ocorreram na conquista de pautas das mulheres, mas lembrando de todo retrocesso que ocorreu com o governo de Bolsonaro, marcado pelo machismo e pela misoginia. A Cetebista chamou as mulheres para a luta, como protagonistas da história.
“É lamentável dizer que em pleno século XXI as mulheres ainda tenham que lutar pelos direitos mais essenciais: o direito à vida, o direito à liberdade de permanecer ou não em um relacionamento, o direito de andar pelas ruas sem o receio de ser vítima de uma violência sexual, de não ser morta ou violada pelo simples fato de ser mulher, porque um homem decide que tem direito sobre sua vida ou morte. É por isso que não podemos arriar nossas bandeiras de luta. Além de trabalhar, cuidar da família, ser mulher, ser mãe, ser militante, amar e ser amada, temos que combater a violência de gênero e de raça. Manter uma luta permanente contra a desigualdade salarial entre mulheres e homens, mesmo que as mulheres tenham maior nível educacional. Enfim, não preciso me estender nessas temáticas, pois estamos aqui exatamente por conta do nosso papel como agente da História e não como simples coadjuvantes dessa sociedade de macho que não aceita compartilhar esse mundo ao qual pertencemos independentemente de gênero ou raça”