Mulheres na luta: direitos garantidos pelo governo Lula são frutos da mobilização popular

As mulheres brasileiras têm uma longa trajetória de lutas e conquistas, e 2023 marcou mais um capítulo dessa história. Foi a pressão dos movimentos feministas e do sindicalismo classista, representado pela CTB – a primeira central sindical a incluir as mulheres no próprio nome –, que garantiu avanços como a sanção da Lei de Igualdade Salarial e o fortalecimento de políticas públicas para a proteção das mulheres.

No entanto, apesar dessas vitórias, os desafios permanecem. O Brasil ainda enfrenta desigualdades no mercado de trabalho, altos índices de feminicídio e uma escalada de ataques da extrema direita, que tenta arrancar das mulheres direitos já conquistados. Por isso, a luta segue, com as trabalhadoras organizadas na linha de frente contra qualquer retrocesso.

Igualdade salarial: conquista da luta feminista e sindical

A Lei de Igualdade Salarial, sancionada por Lula em 2023, não caiu do céu. Ela é fruto da mobilização histórica das mulheres, que há décadas denunciam a disparidade salarial entre os gêneros. Com a nova legislação, empresas que discriminarem as trabalhadoras serão multadas em até dez vezes o valor do salário devido – uma vitória arrancada com muita pressão dos sindicatos e dos movimentos sociais.

Mas a realidade ainda mostra que a luta está longe de acabar. Dados do IBGE revelam que, mesmo após a sanção da lei, as mulheres seguem recebendo menos que os homens em diversas áreas. No setor de ciência e pesquisa, por exemplo, elas ainda ganham, em média, 36,7% a menos que seus colegas homens. Além disso, as trabalhadoras continuam sub-representadas nos cargos de chefia, onde a disparidade salarial também persiste.

É por isso que a CTB reforça: sem fiscalização e mudanças estruturais, a lei pode ser apenas um papel sem força. O movimento sindical classista seguirá pressionando para que essa conquista se traduza em realidade no dia a dia das mulheres. Não há democracia real sem igualdade de oportunidades!

Violência contra a mulher: um desafio que exige resposta firme

Se o avanço na igualdade salarial foi uma vitória, a realidade da violência de gênero segue como um dos maiores desafios. Em 2022, o Brasil registrou 3.806 feminicídios, e no Rio de Janeiro os números são alarmantes: apenas nos primeiros quatro meses de 2024, os casos de feminicídio aumentaram 11,8%, enquanto as tentativas cresceram assustadores 44,8%.

A luta pelo fim da violência contra as mulheres tem sido central nos movimentos feministas e sindicais. O governo Lula já deu sinais de compromisso com essa pauta, fortalecendo programas de proteção e reativando políticas desmontadas pela gestão anterior. Mas sabemos que só isso não basta: é preciso ampliar investimentos, garantir segurança para as vítimas e enfrentar a cultura machista que ainda permite que tantos crimes ocorram impunemente.

A CTB seguirá mobilizada para que nenhuma mulher seja silenciada pela violência. Quando uma mulher avança, toda a sociedade avança!

Os ataques da extrema direita e a necessidade de unidade democrática

Enquanto o movimento feminista arranca conquistas, os setores conservadores tentam arrancar direitos. A extrema direita no Brasil e no mundo tem promovido ataques violentos contra as mulheres, buscando reverter avanços históricos e impor retrocessos.

Um exemplo claro é a tentativa de restringir o direito ao aborto nos poucos casos previstos em lei, negando às mulheres – e até às crianças vítimas de estupro – a possibilidade de interromper uma gestação forçada. Esse ataque brutal aos direitos reprodutivos não é isolado: no Congresso, deputadas como Jandira Feghali e Maria do Rosário são alvos constantes de machismo e tentativas de desqualificação simplesmente por defenderem os direitos das mulheres.

A transfobia e o racismo também são armas da extrema direita. Deputadas como Erika Hilton e Duda Salabert enfrentam ataques diários apenas por existirem e ocuparem espaços de poder. O mesmo acontece com Benedita da Silva, uma referência histórica da luta negra e feminina, que é alvo frequente do racismo institucional. Esses ataques não são apenas contra indivíduos – são contra todas as mulheres, contra a democracia e contra a possibilidade de um país mais justo.

Diante desse cenário, não há outro caminho senão o da unidade. As forças progressistas, os movimentos sociais e a classe trabalhadora precisam se fortalecer para enfrentar e derrotar esse projeto autoritário e excludente. A CTB reafirma seu compromisso com essa luta, pois sabe que só com organização, mobilização e resistência será possível garantir e ampliar os direitos das mulheres.

O caminho é a luta organizada

As conquistas recentes são provas de que só a luta muda a vida. Sem os movimentos feministas e o sindicalismo classista, a Lei de Igualdade Salarial não existiria. Sem a mobilização das mulheres, as políticas públicas de proteção às vítimas de violência estariam desmontadas.

Mas não há tempo para descanso. Os desafios persistem, os ataques continuam, e as mulheres trabalhadoras não aceitarão retrocessos. A CTB seguirá de punhos erguidos, lado a lado com todas as mulheres, exigindo respeito, dignidade e igualdade.

O 8 de março não é apenas um dia de homenagens: é um dia de luta. E enquanto houver injustiça, a luta continua!

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