Novembro Azul e a Luta por Políticas Públicas: Saúde do Trabalhador em Pauta

O mês de novembro se veste de azul para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce de doenças que afetam a população masculina, com foco especial no câncer de próstata. O movimento global, simbolizado pelo bigode da campanha Movember, é um chamado à ação para que os homens deixem de lado o preconceito e cuidem mais da saúde.

Para a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil do Rio de Janeiro (CTB/RJ), o Novembro Azul precisa ir além da conscientização individual. É fundamental fomentar e criar políticas públicas que atendam de forma efetiva as necessidades da população masculina, em especial a mais pobre e trabalhadora, que muitas vezes enfrenta barreiras no acesso à saúde.

Fim da Escala 6×1 como Apoio à Prevenção

A CTB/RJ, acredita que, um dos pontos cruciais é a relação direta entre a rotina exaustiva de trabalho e a dificuldade dos homens em realizar exames preventivos e buscar acompanhamento médico. Neste sentido, o fim da escala 6×1 é uma medida essencial à saúde do trabalhador.

“Não podemos falar em prevenção sem discutir as condições de trabalho que impedem o homem trabalhador de cuidar de si. A escala 6×1, com jornadas extenuantes e pouco tempo livre, é uma barreira real. O fim desta escala não é apenas uma luta por melhores condições de trabalho, é uma luta pela vida! É garantir tempo para o trabalhador ir ao médico, fazer seus exames, praticar atividades físicas e ter o descanso necessário para uma vida saudável”, Paulo Farias, presidente da CTB/RJ.

A saúde masculina, especialmente em relação ao câncer de próstata, exige regularidade nos exames, como o toque retal e a dosagem de PSA. A falta de tempo, devido à sobrecarga de trabalho, se torna um inimigo da prevenção.

A CTB/RJ reafirma seu compromisso na luta por uma legislação trabalhista que promova a saúde e o bem-estar da classe trabalhadora, reforçando que o Novembro Azul é também um mês para exigir mais e melhores políticas públicas.