- 7 de março de 2025
- Publicado por: José Medeiros
- Categorias: Notícias CTB Nacional, Notícias CTB-RJ

No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, não há absolutamente nada a ser comemorado no Rio de Janeiro sob a gestão de Claudio Castro. Seu governo é um verdadeiro desastre para as mulheres fluminenses, que acumulam perdas, violências e retrocessos em todas as áreas: trabalho, educação, saúde e segurança.
A gestão estadual não só ignora as demandas das mulheres, como contribui ativamente para o aprofundamento das desigualdades. Em um estado onde a crise econômica e social já é grave, Castro se esforça para torná-la ainda pior, congelando o piso regional e sabotando qualquer possibilidade de valorização do trabalho feminino.
Mulheres são as mais afetadas pela política econômica cruel de Claudio Castro
O piso regional do Rio de Janeiro está inexplicavelmente congelado desde 2019. Isso significa que milhares de trabalhadoras, especialmente as mais pobres, enfrentam salários cada vez mais defasados, enquanto o custo de vida sobe vertiginosamente. Quem sente na pele esse ataque são, sobretudo, as trabalhadoras domésticas, comerciárias e da área de serviços, setores majoritariamente femininos e precarizados.
O que o governador faz diante disso? Absolutamente nada. Nenhuma medida concreta foi apresentada para corrigir essa distorção absurda. Enquanto isso, as mulheres seguem recebendo salários miseráveis, enfrentando jornadas exaustivas e vendo seus direitos serem tratados com total descaso.
Educação sucateada e falta de perspectiva para as mulheres
Na educação, a realidade não é diferente. O governo estadual trata a rede pública com negligência e falta de investimento, impactando diretamente as alunas e professoras. Sem valorização salarial, muitas educadoras enfrentam condições de trabalho degradantes, e as estudantes, principalmente as de baixa renda, convivem com escolas sem estrutura, sem merenda de qualidade e sem acesso a materiais básicos.
Isso compromete o futuro de milhares de meninas e mulheres jovens, que veem suas chances de qualificação profissional reduzidas. Sem acesso à educação de qualidade, muitas acabam presas em ciclos de pobreza e violência, um cenário que só se agrava com a inércia criminosa do governo estadual.
O colapso da saúde e o impacto na vida das mulheres
Se depender de Claudio Castro, a saúde das mulheres fluminenses continuará em risco. Os serviços públicos seguem sucateados, com falta de atendimento especializado e estruturas hospitalares degradadas.
A negligência do governo estadual afeta diretamente as gestantes, que enfrentam dificuldades no pré-natal, e as mulheres que necessitam de atendimento ginecológico e obstétrico de qualidade. Além disso, políticas voltadas à saúde mental feminina são praticamente inexistentes, ignorando o impacto da sobrecarga, do desemprego e da violência na vida das mulheres.
E o que dizer da saúde das mulheres LGBTQIAPN+? Com um governo que faz vista grossa para as demandas da comunidade, o acesso a hormonioterapia, atendimentos específicos e campanhas de prevenção é quase nulo. A população trans e lésbica é sistematicamente excluída das políticas públicas e condenada a enfrentar uma realidade de abandono e preconceito institucionalizado.
A violência policial que mata filhos e destrói mães
A cada operação policial no Rio de Janeiro, uma mãe enterra um filho. A política de segurança do estado, violenta e descontrolada, transforma favelas e periferias em zonas de guerra, onde mulheres negras são as maiores vítimas do luto e do terror.
Os dados são inquestionáveis: o Rio de Janeiro segue como um dos estados onde a polícia mais mata, e a grande maioria das vítimas são jovens negros. Para as mães dessas vítimas, resta o desespero e a ausência de qualquer suporte psicológico ou social. O governo estadual, em vez de oferecer políticas de acolhimento e assistência, finge que essas mulheres não existem.
Enquanto a violência do Estado arranca seus filhos de seus braços, as mães das favelas são condenadas a viver na miséria e no medo. Esse é o legado de Claudio Castro.
Mulheres negras e LGBTQIAPN+: as maiores vítimas do abandono estadual
Se para as mulheres em geral a situação já é desastrosa, para as mulheres negras e LGBTQIAPN+ é ainda pior. São elas que estão nos piores empregos, nas piores condições de moradia e nos piores índices de violência. O racismo institucional e a LGBTQIAPN+fobia do governo se refletem na ausência de qualquer política pública voltada para essas populações.
Enquanto governos progressistas ao redor do mundo implementam medidas concretas para reduzir desigualdades de gênero e raça, no Rio de Janeiro temos um governador que sequer reconhece essas desigualdades como um problema. Pelo contrário: sua omissão alimenta o ciclo de exclusão e violência.
Racismo ambiental e a tragédia das enchentes
E como se não bastasse, as mulheres foram as mais afetadas pelas enchentes que devastaram o estado nos últimos anos. Quem perdeu tudo nas periferias, viu suas casas destruídas e ficou sem assistência? Foram as mulheres negras e pobres, vítimas de um racismo ambiental que ignora a existência das comunidades mais vulneráveis.
O governo Claudio Castro, cúmplice dessa tragédia, não moveu um dedo para evitar que essas catástrofes se repetissem. Não há investimento em infraestrutura, não há prevenção, não há acolhimento. Apenas descaso e abandono.
Chega de omissão: é hora de lutar
Diante desse cenário de destruição e abandono, não há mais espaço para discursos vazios e promessas falsas. O Rio de Janeiro precisa de um governo que respeite e proteja suas mulheres, que valorize o trabalho feminino, que combata a violência de gênero e que construa políticas públicas voltadas para a igualdade.
No dia 8 de março, a data deve ser um chamado para que todas as mulheres se organizem e denunciem essa política criminosa que afeta suas vidas. O governo Claudio Castro precisa ser responsabilizado por sua omissão e sua conivência com a desigualdade e a violência.
Basta de um estado que condena mulheres à miséria e ao luto. É hora de resistência, é hora de luta.