Orçamento Sequestrado: Centrão e Extrema Direita Avançam Sobre os Recursos do Povo

Nos últimos anos, o Congresso Nacional — liderado por deputados do centrão e da extrema direita — avançou como nunca sobre o orçamento público federal. Transformaram em obrigação política e prática o pagamento de emendas parlamentares, ao mesmo tempo em que impõem cortes nos investimentos sociais e bloqueiam projetos essenciais para o país.

De 2017 a 2019, os gastos com emendas giravam entre R$ 11 e R$ 13 bilhões por ano. A partir de 2020, com a criação do chamado “orçamento secreto” e o fortalecimento do centrão, esses valores dispararam: R$ 35 bilhões em 2020, R$ 33 bilhões em 2021, e R$ 35 bilhões em 2023, chegando a impressionantes R$ 45 bilhões já pagos em 2024 — quase 3,5% da Receita Corrente Líquida do país, superando o teto constitucional de 2%. E tudo isso sem que o governo federal tenha qualquer poder real de definir prioridades ou impor limites.

Enquanto isso, o orçamento do Ministério da Educação foi comprimido: em 2023, foram executados apenas R$ 11,3 bilhões em educação básica, menos de um terço do que foi gasto com emendas parlamentares. A mesma lógica vale para outras áreas sociais, como saúde, moradia e políticas de igualdade racial e de gênero. O próprio Bolsa Família, que é uma conquista histórica do povo brasileiro, foi desmontado nos últimos anos e agora luta para se reerguer em meio a um orçamento amarrado.

E não para por aí: esses mesmos setores que drenam os recursos públicos para seus redutos eleitorais sabem onde cortar, mas se recusam a tocar nos privilégios dos mais ricos. Eles derrubam qualquer tentativa de taxar grandes fortunas, lucros e dividendos, mantendo o Brasil como um dos poucos países do mundo onde os milionários pagam proporcionalmente menos imposto que um trabalhador ou uma trabalhadora assalariada.

Estamos diante de uma tática clara: sabotar o governo Lula, esvaziar sua capacidade de investimento, minar sua base social e criar a falsa narrativa de um governo fraco ou incompetente. Na prática, é uma chantagem política articulada por setores que apoiaram e lucraram com o governo genocida do ex-presidente — e futuro presidiário — Jair Bolsonaro.

Diante dessa ofensiva, não basta resistir nos bastidores do Congresso ou em reuniões de articulação política. É preciso ocupar as ruas, mobilizar a sociedade, disputar o imaginário popular e enfrentar a chantagem com coragem e verdade.

Por isso, é urgente que o governo e principalmente o presidente Lula, com sua capacidade inconfundível de se comunicar com o povo, liderem uma ampla campanha de defesa dos interesses nacionais e soberanos, em união com as forças políticas do campo popular, democrático e patriótico. A verdade precisa ser dita, chega de chantagem. É hora de intensificar a luta, melhorar a comunicação com o povo, expor esse processo criminoso de captura do orçamento público e mostrar com clareza quem está sabotando o Brasil para proteger seus privilégios e seus aliados da extrema direita.

A eleição foi nas urnas. Mas a disputa pelo futuro do Brasil se faz também nas ruas. E o povo brasileiro está pronto para lutar — mais uma vez — ao lado da democracia, da justiça social e de um governo verdadeiramente popular.

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