Segundo dados publicados pela jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de São Paulo, o Ministério da Educação, em uma nova escalada autoritária, abriu procedimento administrativo disciplinar contra 30 professores da UFF (Universidade Federal Fluminense). O motivo do processo é um voto, dado há cerca de 12 anos, no Conselho Universitário da instituição sobre a carreira administrativa dos funcionários da instituição.
O Conselho Universitário é a instância mais importante da universidade. Nele, professores, técnicos-administrativos, e, estudantes, debatem os temas de relevância para a comunidade universitária e deliberam por voto sobre os mesmos.
Na ocasião citada pelo Ministério, os mestres, que integravam o Conselho Universitário da UFF, decidiram que os funcionários aposentados deveriam ter os mesmos aumentos dos que estavam na ativa, seguindo os princípios da isonomia e da integralidade.
De acordo com representantes da ADUFF (Associação de Docentes da UFF, esse ataque é grave, violando a liberdade de manifestação e votos do conselho e, mais ainda, atacando a própria autonomia universitária.
“É o maior abuso de autoridade que se comete contra a liberdade de manifestação e de voto nos Conselhos superiores da universidade pública”, diz Adriana Penna, da associação dos docentes da UFF. “É uma clara tentativa de intimidação e ataque à autonomia universitária.”
*Contém informações da coluna da jornalista Mônica Bergamo no jornal Folha de São Paulo
Qual a sua opinião?
Seu e-mail não será publicado. Os campos com * são obrigatórios.