- 11 de outubro de 2024
- Publicado por: José Medeiros
- Categorias: Notícias CTB Nacional, Notícias CTB-RJ
Trabalhadores que atuam na Rio+Saneamento e ligados ao Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Saneamento Básico e Meio Ambiente do Rio de Janeiro (Sintsana) decidiram durante assembleia realizada na manhã desta quinta-feira, 10, pela paralisação de 24 horas dos serviços à partir da zero hora de terça-feira, 15.
Na pauta de reinvindicações, melhorias e isonomia de salários para os trabalhadores que atuam no interior e fora da Região Metropolitana, que recebem salários menores dos que trabalham na capital, reajuste no ticket alimentação e adequação no plano de saúde e melhorias no plano de saúde.
De acordo com Vitor Duque, presidente do sindicato, não dá mais para aceitar essa discriminação, já que os trabalhadores desempenham a mesma função e recebem remunerações diferenciadas. “A assembleia foi realizada de forma presencial e simultânea em Itaguaí, Campo Grande, Vassouras e Piraí. Com 371 votos favoráveis, 68 contrários e 2 em branco, o resultado mostrou a insatisfação da categoria com a falta de sensibilidade da empresa”, destacou Duque.
O Presidente da CTB-RJ, Paulo Sérgio Farias também se manifestou sobre a greve:
“A decisão de ir a greve já era uma possibilidade que se desenhava a alguns dias exatamente pelo fato da empresa se negar a melhorar a proposta para os trabalhadores e para as trabalhadoras. A Rio Maisa Saneamento é do Grupo Águas do Brasil e faz parte do projeto de privatização da água derivado da mudança do Marco Regulatório, da Lei 11.405/2007. No Rio de Janeiro, a empresa atende cerca de 2 milhões de usuários. No ano de 2023 teve lucro na ordem de 420 milhões. A categoria rejeitou por duas vezes a proposta e aguardou que fosse melhorada. O Sintsama compreende que a proposta é insuficiente e que a decisão da categoria foi corajosa na medida em que supera a pressão e o assédio praticado pela empresa e as ameaças veladas. É um sinal que a categoria emite para todos os estados que as empresas que assumiram esse negócio após as privatizações das empresas estaduais.”
*Fonte: O Dia com informações de CTB-RJ