- 1 de setembro de 2025
- Publicado por: Marcios Mauricio
- Categorias: Notícias CTB Nacional, Notícias CTB-RJ

O mês de setembro é dedicado à prevenção do suicídio, mas o debate vai muito além. É preciso olhar as condições que afetam a saúde mental da população e em especial dos trabalhadores, que amargam duras jornadas e baixos salários. No Brasil, o contexto se agrava com o aumento das horas trabalhadas por conta do enfraquecimento das leis trabalhistas, criando um cenário de adoecimento que atinge milhões de pessoas.
“A rotina exaustiva, as longas jornadas de trabalho e a precarização das leis trabalhistas impactam diretamente a saúde mental dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. A jornada 6×1 sobrecarrega o corpo e impede o tempo de qualidade para lazer, família e autocuidado, pilares essenciais para o bem-estar. Não descansaremos enquanto essa escala estiver de pé e seguiremos lutando contra o desmonte das leis trabalhistas˜, bradou, Paulo Farias, vice-presidente da CTB e presidente da CTB/RJ.
A rotina de trabalhar seis dias e folgar apenas um é exaustiva e uma das principais causas de depressão e ansiedade. Essa jornada, além de sobrecarregar o corpo, impede o trabalhador de ter tempo de qualidade para o lazer, o convívio social, a família e o autocuidado, pilares essenciais para uma boa saúde mental.
Além disso, questões como, o desmonte da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em conjunto com a crescente “uberização” do trabalho, empurra os trabalhadores para uma situação de vulnerabilidade e insegurança. Sem carteira assinada, direitos básicos como férias e 13º salário se tornam privilégios. A falta de vínculos empregatícios e de uma rede de proteção social gera ansiedade, incerteza e, em muitos casos, isolamento social, contribuindo diretamente para o desenvolvimento de quadros depressivos.
A luta por melhores condições de trabalho
É nesse contexto que a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Rio de Janeiro (CTB/RJ) e diversos sindicatos têm um papel fundamental. Estamos na linha de frente na luta pelo fortalecimento das leis trabalhistas, pela valorização do trabalho e por condições mais dignas e humanas. Buscamos, em conjunto, assegurar que o trabalho não seja uma fonte de adoecimento, mas sim de realização pessoal e profissional.
A luta contra os desmandos de patrões, por mais investimento público na saúde e contra a precarização das relações de trabalho é uma batalha constante, não apenas por melhores salários, mas pela própria dignidade humana.
A saúde mental dos trabalhadores não pode ser ignorada. O setembro amarelo é um lembrete importante de que precisamos seguir na luta por melhores condições de trabalho e por leis trabalhistas mais justas é uma batalha pela vida.