Todo apoio à Greve da Educação

As e os profissionais da educação pública do Estado do Rio de Janeiro estão em greve desde o dia 17 de maio com uma pauta de reivindicações que implicam na condição básica de trabalho: pagamento do piso salarial da educação, estabelecido pela lei nº 11.738, de 16 de junho de 2008.

O Estado do Rio de Janeiro possui, vergonhosamente, o pior salário da educação pública dos estados brasileiros. Existem funcionários administrativos recebendo abaixo do salário mínimo nacional. Ou seja, total desrespeito com a educação pública.

Ao longo do período da greve o governador utilizou de diversas estratégias para minar o movimento grevista, desde a ameaça à suspensão da Gratificação por Lotação Prioritária (GLP) ao chamamento de novos servidores para ocupar as vagas existentes.

Além disso, até a presente data, a única iniciativa do governador Claudio Castro foi dar publicidade à proposta que desmonta o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da educação, com a adequação do piso salarial somente para a/o docente que recebe abaixo do mínimo. Isso significa que apenas uma pequena parcela da categoria seria beneficiada e que outra grande parte ficaria com os salários da mesma forma como estão hoje.

Essa é uma postura típica dos governos que desprezam a educação pública e seus trabalhadores, principalmente por reconhecer que essa é a educação voltada para as filhas e filhos da classe trabalhadora.

Claudio Castro que foi eleito em 2018 como vice-governador de Wilson Witzel, depois assumiu o posto de governador quando o segundo foi cassado. Em 2022 foi eleito governador com um discurso de fazer do ano de 2023 o “ano da educação” no estado. Só não avisou que no meio dessa expressão tinha outra palavra: “o ano de acabar a educação” no estado do Rio de Janeiro.

Nós, da Central de Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil, entendemos que, assim como preconizado no Art. 9º da Constituição Federal, o direito a greve é constitucional e legítima ferramenta de reivindicação da classe trabalhadora.

Portanto, contra esse governo que achata o direito das e dos trabalhadores da educação pública do estado do Rio de Janeiro, toda força e solidariedade para seguirem firmes até a conquista do que é de desejo da categoria.

Foto: SEPE-RJ

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