- 10 de julho de 2025
- Publicado por: José Medeiros
- Categorias: Notícias CTB Nacional, Notícias CTB-RJ

Presidente dos EUA ameaça economia brasileira com sobretaxa de 50% em retaliação à Justiça e em aliança direta com o bolsonarismo
Um presidente autoritário, sem nenhum respeito às instituições multilaterais e a soberana das nações, resolveu atacar frontalmente o Brasil para proteger seu aliado condenado pela história. Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, anunciou um tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras como forma de pressionar o governo Lula e as instituições brasileiras a recuar diante dos julgamentos contra Jair Bolsonaro — o ex-presidente, que como Trump, atentou contra a democracia, mas ao contrário do norte-americano, está tendo que enfrentar o banco dos réus da justiça brasileira.
.O gravíssimo ataque à nossa soberania foi formalizada por meio de uma carta entregue à diplomacia brasileira. O conteúdo do documento é ofensivo: Trump ataca decisões do Supremo Tribunal Federal, questiona investigações legítimas contra o ex-presidente brasileiro e tenta impor interesses norte-americanos acima da nossa soberania, ameaçando diretamente o setor produtivo nacional. Como destacaram as centrais sindicais brasileiras em nota conjunta, trata-se de uma ação que “remete à memória sombria da participação dos EUA no golpe de 1964”, agora reeditada em conluio com o bolsonarismo, que insiste em sabotar a democracia brasileira.
TARIFAÇO É TERRORISMO ECONÔMICO: QUEM PAGA É O POVO
O impacto dessa medida pode ser devastador. O Brasil, que já tinha contra si a tarifa de 10% imposta meses atrás, a partir de agosto terá que também lidar, cumulativamente, com mais de 50% de tarifas de importação de nossos produtos, as exportações brasileiras aos EUA — uma relação comercial com mais de dois séculos de existência — serão atingidas em cheio. A consequência direta será queda nas vendas externas, desestímulo à produção nacional, demissões em massa, inflação e aumento do custo de vida. Como sempre, quem pagará essa conta será a classe trabalhadora, tanto a brasileira, quanto a norte-americana.
A contradição é brutal e expõe o cinismo da retórica trumpista. Os Estados Unidos, historicamente os maiores defensores do livre mercado e da globalização econômica, agora se voltam ao protecionismo mais agressivo sob a liderança de Donald Trump. Em seu esforço para manipular a política comercial com fins eleitoreiros e nacionalistas, Trump trai os próprios princípios que seu país impôs ao mundo ao longo do século XX. Ao tentar proteger setores industriais ineficientes com tarifas punitivas, ele impõe um custo elevado à economia global e aprofunda as desigualdades dentro e fora de seu país.
Ainda mais escandalosa é a postura dos aliados brasileiros de Trump. O bolsonarismo, que vive vociferando sobre patriotismo e soberania, se ajoelha sem pudor diante dos interesses norte-americanos — mesmo que isso represente empobrecer o Brasil. Com Eduardo Bolsonaro licenciado do Congresso e vivendo nos Estados Unidos, a serviço de interesses que nada têm a ver com o povo brasileiro, o clã Bolsonaro atua como vassalo do trumpismo, conspirando contra o próprio país para salvar o patriarca da cadeia e manter viva uma agenda antidemocrática e subserviente. Trata-se de uma traição à Pátria, disfarçada de alinhamento ideológico.
Os impactos concretos dessas tarifas para o Brasil serão sentidos de forma brutal por setores estratégicos da economia. O suco de laranja produzido em São Paulo, responsável por cerca de 80% das exportações brasileiras da bebida e tradicionalmente bem aceito no mercado norte-americano, pode perder competitividade frente a produtos da Flórida. A indústria do aço também será duramente atingida: em 2023, o Brasil exportou mais de 3,5 milhões de toneladas de aço para os EUA, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Companhias como a CSN, Usiminas e Gerdau veem nesses embarques uma parte significativa de sua receita. Com as novas tarifas, muitas dessas vendas serão inviabilizadas, comprometendo empregos e investimentos no setor metalúrgico.
A injustiça se torna ainda mais evidente quando lembramos que o Brasil tem déficit comercial com os Estados Unidos — ou seja, importamos mais do que exportamos. Nossa classe trabalhadora consome produtos norte-americanos que, com essas medidas, também ficarão mais caros. Isso significa que os trabalhadores dos EUA também serão prejudicados, pois suas indústrias perdem um importante mercado consumidor e os preços internos tendem a subir. As tarifas geram inflação, desemprego e recessão. A retórica “América Primeiro” ignora que, na economia global, todos perdem com o isolamento: perdem os trabalhadores brasileiros e perdem, talvez ainda mais, os trabalhadores norte-americanos. Não há vencedor em uma guerra comercial baseada em retaliações e mentiras.
LULA QUER TAXAR OS RICOS.
BOLSONARO E TRUMP QUEREM TAXAR O BRASIL.
Enquanto o presidente Lula tenta reconstruir o Brasil com propostas que colocam os bilionários para finalmente contribuírem com a justiça social e o desenvolvimento nacional, Donald Trump e Jair Bolsonaro seguem em sentido oposto: querem proteger os de cima e esmagar os de baixo. A aliança entre esses dois projetos de extrema-direita é marcada pelo autoritarismo, pela mentira sistemática e pelo desrespeito à soberania de outras nações. O governo norte-americano, sob Trump, atua como verdadeiro agente do caos global: sem projeto, sem proposta, sem diálogo. Somente impõe ao mundo uma agenda de taxações abusivas, chantagens econômicas, interferências grosseiras — como tem feito não só com o Brasil, mas também com o México, a China e até mesmo aliados tradicionais da Europa.
A volta de Trump ao poder nos Estados Unidos, se confirmada, é um alerta trágico: nenhuma democracia está a salvo de aventureiros oportunistas, que usam a mentira como método político e o ódio como instrumento de mobilização. Com apoio de bilionários, redes extremistas e uma máquina de fake news, Trump criou uma estrutura que despreza as instituições democráticas e aposta tudo em um populismo inflacionário, baseado em tarifas, conflitos e inimigos imaginários. Mas até quando esse modelo vai se sustentar? Tarifas elevadas geram aumento de preços, desorganização das cadeias globais de produção e reações hostis de outros países.
Essa política, desde que começou a ser implementada, já demonstrou que não levara ninguém a lugar algum. Logo que assumiu seu novo mandato, Trump lançou uma guerra comercial agressiva contra a China, impondo tarifas pesadas sobre centenas de bilhões de dólares em produtos. Pequim respondeu à altura, elevando suas próprias tarifas sobre importações norte-americanas — em uma escalada que chegou a níveis estratosféricos, chocou o mundo e obrigou o governo Trump a recuar parcialmente, sob pressão de setores empresariais e do impacto inflacionário interno. No entanto, a política econômica de Donald Trump cada vez mais parece não ter mais nada a apresentar a sociedade American do que isso, e seu governo segue com a mesma tática, ampliando os ataques a outros países sem se preocupar comos prejuízos causados ao seu próprio povo e à economia global.
Trump sabe que seu verdadeiro medo tem nome: Brics. O avanço de articulações internacionais que buscam superar a dependência do dólar, criar mecanismos de cooperação financeira alternativos e fortalecer um mundo multipolar, onde a soberania de cada nação seja respeitada, representa uma ameaça real ao imperialismo norte-americano. Por isso, os ataques de Trump aos Brics não são mero acaso: são parte de uma tentativa desesperada de impedir que o mundo encontre caminhos fora da tutela de Washington. E quanto mais ele reage com brutalidade, mais evidente se torna a necessidade urgente de superar o padrão-dólar e reconstruir a geopolítica global com base no equilíbrio, na solidariedade e na justiça.
O trumpismo, no fundo, é um governo sem plano. Um projeto de poder tóxico que persegue imigrantes, destrói pontes diplomáticas, sabota acordos multilaterais e espalha mentiras como forma de dominação. E ao lado de figuras como Bolsonaro e seus filhos, esse projeto se internacionaliza com o objetivo de desestabilizar governos progressistas, proteger os super-ricos e manter o mundo amarrado à desigualdade e à violência. Não é só o Brasil que está em jogo — é o futuro da democracia, do trabalho e da soberania em escala global.
EDUARDO BOLSONARO: CONSPIRADOR LICENCIADO CONTRA A PÁTRIA
Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro está licenciado do Congresso Nacional, vivendo nos Estados Unidos, e conspirando abertamente contra o Brasil. Atuando como operador direto dos interesses do governo Trump, o filho do ex-presidente articula sanções contra seu próprio país, traindo o povo brasileiro para tentar salvar o pai da cadeia e destruir a democracia, fatos que são alvo de investigação da Polícia Federal a pedido da Procuradoria-Geral da República, demonsando que as instituições brasileiras são fortes e crimes de lesa-pátria serão investigados e quem os comer não ficará impune.
As centrais sindicais, diante desse cenário grotesco, se manifestar través de nota oficial e foram categóricas: “Eduardo Bolsonaro agiu como um verdadeiro agente estrangeiro ao fomentar sanções contra o próprio país”. Trata-se de crime de lesa-pátria — e é urgente que seu mandato seja cassado e sua atuação devidamente investigada pelo Congresso e pela Justiça.
EMPREGO, DIGNIDADE E SOBERANIA: DOIS CAMINHOS OPOSTOS PARA BRASIL E EUA
Enquanto o Brasil enfrenta enormes desafios herdados de anos de desmonte institucional e abandono social, o governo Lula tem conseguido apresentar resultados concretos na economia e na vida da classe trabalhadora. Em 2025, o país segue com taxas de desemprego em níveis historicamente baixos, com destaque para a criação de empregos formais e o aumento do poder de compra das famílias. O salário mínimo passou por reajustes acima da inflação, recuperando parte das perdas acumuladas. Além disso, a aprovação da Lei da Igualdade Salarial entre homens e mulheres marca um avanço civilizatório importante: finalmente, empresas estão sendo obrigadas a corrigir uma desigualdade histórica de gênero no mercado de trabalho.
Medidas como o reajuste real do mínimo, a reindustrialização planejada, os investimentos no PAC e a retomada de políticas sociais estão ajudando a reaquecer o mercado interno. O resultado é visível: o consumo das famílias cresceu 4,4% no último ano, e a inflação está sob controle, girando em torno de 3,8% — bem abaixo das previsões alarmistas da oposição. Setores como construção civil, agronegócio, educação e serviços lideram a geração de empregos, com um impacto direto na redução da miséria e na ampliação do acesso à renda, à moradia e à alimentação. No Brasil de Lula, a classe trabalhadora voltou a ter voz, espaço e horizonte.
Nos Estados Unidos de Trump, o cenário é outro. Ainda que a economia norte-americana tenha grande robustez estrutural, a realidade da classe trabalhadora está longe de ser confortável. A inflação nos alimentos e nos aluguéis pesa sobre os mais pobres, e os aumentos nas taxas de juros comprometeram o acesso à moradia e ao crédito. A desigualdade segue brutal: os lucros corporativos e dos bilionários continuam batendo recordes, enquanto os salários reais estagnaram ou caíram para milhões de trabalhadores. E Trump, em vez de apresentar soluções, se limita a bravatas. Ele fala em proteger a economia, mas não oferece qualquer política de geração de emprego, valorização do salário mínimo ou fortalecimento dos direitos trabalhistas. Seu projeto é o da instabilidade: cortes de impostos para os ricos, repressão a sindicatos, hostilidade a imigrantes e ataques às minorias.
A ameaça do novo tarifaço imposto por Trump ao Brasil expõe a gravidade dessa agenda destrutiva. A classe trabalhadora brasileira poderá ver cadeias inteiras de produção serem desestruturadas. O setor do suco de laranja, que movimenta bilhões e emprega milhares de famílias no interior de São Paulo, pode perder competitividade diante da elevação de tarifas. O aço brasileiro — como o produzido pela CSN, Gerdau e Usiminas — corre o risco de ser inviabilizado nos EUA, que absorvem mais de 30% de nossas exportações do setor. E isso não atinge apenas o Brasil: os trabalhadores norte-americanos também perderão, já que consomem nossos produtos com preços acessíveis e serão punidos com aumentos de preços, inflação e perda de empregos ligados à cadeia logística de importação. Todos perdem, menos os especuladores e os demagogos.
Além do ataque econômico, há um ataque frontal à soberania e à democracia. Trump, que tentou dar um golpe após perder as eleições de 2020, agora volta ao cenário internacional disposto a submeter nações independentes aos seus caprichos. O tarifaço contra o Brasil é mais do que uma disputa comercial — é uma agressão geopolítica, uma tentativa de subordinar o Sul Global e os Brics à lógica imperial. O desrespeito à soberania brasileira se soma a uma política externa marcada pela violência, pela mentira e pelo desprezo aos acordos multilaterais. Um país como o Brasil, que tem buscado se posicionar como mediador de conflitos e defensor da multipolaridade, não pode aceitar calado esse tipo de ataque.
Trump precisa ser detido — não apenas pelas instituições dos EUA, mas por uma coalizão global de países que defendam a convivência, a soberania e a justiça. Permitir que ele volte a agir impunemente no cenário internacional é permitir que o autoritarismo, o caos econômico e a instabilidade política avancem. O mundo precisa de pontes, não de muros. Precisa de cooperação, não de tarifas. E o Brasil tem o direito e o dever de reagir à altura, ao lado dos povos que querem construir um futuro sem medo e sem tutelas.
SOBERANIA NÃO SE NEGOCIA:
O BRASIL NÃO ACEITARÁ SER TUTELADO
Diante desses ataques, o Brasil não se acovardou e teve postura firme, de uma nação que não abaixa a cabeça diante do fascismo e do autoritarismo de quem se acha o dono do mundo. A resposta firme do governo federal, liderado por Lula, foi à altura da agressão: o documento foi devolvido à embaixada dos EUA e o presidente reafirmou que o Brasil “não aceitará ser tutelado” por potências estrangeiras. Além disso, a aprovação da Lei da Reciprocidade Econômica, saudada pelas centrais, é um passo importante para proteger os interesses nacionais diante do autoritarismo internacional.
A CTB-RJ soma-se às demais centrais e reitera: o povo brasileiro não aceitará ameaças, chantagens ou imposições externas. O bolsonarismo — agora fortalecido por uma ofensiva trumpista — quer rebaixar o Brasil a colônia de interesses estrangeiros. Mas não passarão. Trump será enfrentado. Bolsonaro será julgado. Eduardo será cassado. E o Brasil seguirá em frente com o povo no comando.
Porque enquanto Lula quer taxar os ricos, Trump e Bolsonaro querem taxar o povo brasileiro. E a classe trabalhadora está pronta para resistir e vencer mas uma vez o Bolonarismo, seja nas ruas, nas urnas, ou conspirando internacionalmente contra a democracia brasileira.