Vitória da Classe Trabalhadora: Salário Mínimo sobe para R$ 1.621 e CTB reafirma luta pela redução da jornada

A classe trabalhadora brasileira inicia 2026 com uma vitória significativa fruto da pressão sindical e da retomada do compromisso com o bem-estar social. Foi publicado o decreto que oficializa o novo valor do salário mínimo para R$ 1.621,00, que passa a vigorar a partir de 1º de janeiro. O reajuste de 6,79% representa a consolidação da Política de Valorização do Salário Mínimo, uma bandeira histórica da CTB e das centrais sindicais.

“Este avanço não é um fato isolado, mas a retomada de um projeto de país que entende o salário como motor da economia. Entre 2003 e 2016, nos governos de Lula e Dilma, a valorização do mínimo foi institucionalizada e serviu como o maior instrumento de distribuição de renda que este país já viu. Apesar dos retrocessos impostos pelos governos neoliberais de Temer e Bolsonaro — que interromperam esse ciclo e arrocharam o poder de compra do povo — novamente estamos vendo a retomada desta importante política que valoriza quem de fato produz a riqueza: o trabalhador e o povo brasileiro”, avaia o presidente da CTB/RJ, Paulo Farias.

Através de uma fórmula que somava a inflação (INPC) ao crescimento do PIB de dois anos anteriores, o salário mínimo saltou de R$ 200 em 2003 para R$ 880 em 2016. Nesse período, os trabalhadores conquistaram um ganho real acumulado de 74,33% acima da inflação, o que foi determinante para tirar milhões de brasileiros da pobreza e fortalecer o mercado interno.

Infelizmente, esse ciclo de prosperidade foi brutalmente interrompido após 2016. Sob o governo de Michel Temer, a regra de aumento real sistemático foi abandonada, resultando em uma estagnação que marcou o período com um ganho real negativo de -0,34%.

Essa política de arrocho continuou no governo de Jair Bolsonaro, onde o reajuste limitou-se, na quase totalidade do mandato, a repor apenas a inflação oficial. Ao final de quatro anos, o ganho real acumulado foi de apenas 1,14%, o menor índice em décadas. A análise da CTB é clara: nesses governos, o salário mínimo foi tratado como um “vilão” das contas públicas, servindo apenas como variável de ajuste fiscal, o que resultou na perda do poder de compra e no retorno de milhões de famílias à insegurança alimentar.

A Próxima Grande Batalha: Redução da Jornada de Trabalho

Para a CTB, a celebração do novo mínimo de R$ 1.621 vem acompanhada de um novo chamado à mobilização. Se o salário voltou a crescer, a qualidade de vida do trabalhador agora exige avanços na gestão do tempo. Nossa principal bandeira de luta para 2026 será a redução da jornada de trabalho sem redução de salários.

A CTB defende que o fim da escala 6×1 e a transição para jornadas mais humanas são fundamentais para combater o adoecimento mental, o Burnout e para permitir que o trabalhador tenha tempo para o lazer, o estudo e o convívio familiar. Além disso, a redução da jornada é uma medida econômica inteligente, capaz de gerar novos postos de trabalho e distribuir melhor a produtividade alcançada pela tecnologia.

Salário digno e tempo para viver: esse é o nosso compromisso!

CTB – A Central da Unidade, da Luta e da Esperança.

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