Trabalhadoras lotam o centro do Rio de Janeiro em ato pelo Dia Internacional da Mulher

Milhares de mulheres tomaram as ruas do Rio de Janeiro para a manifestação do 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. A data histórica remete ao momento em que as mulheres russas tomaram as ruas contra a participação soviética na 1ª Guerra Mundial, dando início a Revolução de 1917 e homenageia as 129 operárias mortas queimadas nos Estados Unidos quando faziam greve para lutar pelos seus direitos.

Após 4 anos de ataques misóginos e desmonte de políticas públicas promovidos pelo governo genocida de Jair Bolsonaro, as mulheres ocupam as ruas para reivindicar seus direitos com esperança de serem ouvidas. Ontem mesmo, o governo federal anunciou uma série de medidas voltadas ao público feminino, com destaque para o Projeto de Lei que torna obrigatório o mesmo salário para mesma função entre homens e mulheres. No Rio de Janeiro, a assembleia legislativa, por iniciativa da Comissão de Mulheres comandada pela deputada estadual pelo PSOL, Renata Souza, inaugurou a Sala Lilás para prestar atendimento psicológico e jurídico destinado ao atendimento das mulheres vítimas de violência física ou sexual.

A CTB-RJ participou ativamente das atividades do #8M. Pela manhã, a Central participou das atividades do Sindimetal-SF em Volta Redonda, que teve como destaque o lançamento do jornal “Mulheres de Aço”, um periódico sindical voltado com exclusividade para as pautas das metalúrgicas do Sul Fluminense.

“Nós enquanto classe trabalhadora, temos que estar à frente dessa luta. Enquanto classe trabalhadora temos que fortalecer a luta das mulheres, não apenas no 8 de março, mas todos os dias. Hoje, especificamente, é um dia que colocamos em evidência nossas pautas, nossas lutas e nossa resistência. É uma data que é um marco da luta das mulheres trabalhadoras, das mulheres operárias” – Comentou Raimunda Leone, Metalúrgica e Secretária Geral da CTB-RJ, presente na atividade.

No Rio de Janeiro, quem comandou a organização classista das trabalhadoras no #8M foram as companheiras Katia Branco (vice-presdenta da CTB-RJ e do Sindicato dos Bancários) e Débora Henrique (secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-RJ). 

A professora Vânia Bretas, da base da CTB no Sinpro-Rio e liderança da União Brasileira de Mulheres (UBM), participou do ato e fez uma fala potente ressaltando a importância da luta antirracista: 

“Sem anistia para golpista! Não haverá democracia enquanto houver racismo! Contra o racismo, somos todas! Mulheres pretas reunidas! Mulheres pretas na luta!”

A ecetista Débora Henrique, dirigente do Sintect-RJ e Secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-RJ, representou a central na série de intervenções que encerraram a atividade, após a caminhada tomar toda a avenida Rio Branco e chegar a histórica praça da Cinelândia. Débora valorizou o papel das mulheres na vitória do presidente Lula e ressaltou a importância das mulheres se manterem mobilizadas pelos seus direitos e pela democracia:

“Estamos aqui mais uma vez nesse 8M. Nosso movimento está cada vez mais representativo. A cada ano nosso movimento está mais potente. Nós, mulheres, ajudamos a eleger o Presidente Lula e temos que comemorar o retorno do Ministério das Mulheres, porque é lá que vamos resgatar as nossas políticas. Temos que estar nas ruas sempre para garantir a democracia. Só garantindo a democracia, vamos garantir os nossos espaços, os espaços das mulheres!”

Após o ato, uma roda de samba foi realizada para comemorar o Dia Internacional da Mulher.

As intervenções na íntegra podem ser acessadas no Youtube da CTB-RJ.

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