Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense debate campanha salarial da CSN 2023

O Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense promoveu seminário para discutir uma pauta unificada e estratégias para a campanha salarial da CSN de 2023. Estiveram reunidos, entre os dias 18 e 19/3, diretores e assessores dos sindicatos dos Engenheiros de Volta Redonda, Metabase de Congonhas-MG, dos Vigilantes de Volta Redonda e dos Portuários do Rio, além das Centrais Sindicais CTB e CSP-CONLUTAS.

O primeiro dia prestou homenagem aos trabalhadores Willian, Valmir e Barroso, assassinados na greve de 1988, e debateu a conjuntura nacional e a atual situação dos trabalhadores brasileiros, após as reformas do governo do Bolsonaro. E contou com mostras de estudos do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e também do ILASE (Instituto Latino Americano de Estudos Socioeconômicos), que apresentaram dados sobre perdas salariais e diminuição do poder de consumo dos trabalhadores nos últimos anos, assim como sobre a desvalorização da moeda e o preço dos produtos.

Já no segundo dia, foram apresentadas sugestões de reivindicações e percentuais de reajuste sobre as perdas salariais e mais aumento real, a serem submetidas às devidas bases de trabalhadores para a aprovação. Além de questões específicas de cada categoria que também deverão constar em cada negociação.

A abertura contou com informações sobre encontros e reuniões entre as centrais sindicais e autoridades do governo federal, seus avanços e pontos que ainda requerem amadurecimentos para avançar no sentido de promover melhorias nas condições de trabalho em todo o país. E assim seguiu no segundo dia, aprovando quatro notas de repúdio e cobrança ao governo federal sobre acontecimentos recentes e importantes, que marcam a história atual da vida da classe trabalhadora de todo o mundo. Uma em repúdio à Emmanuel Macron, apoio às lutas e greves dos trabalhadores franceses em defesa da previdência e liberdade aos presos políticos. Outra exigindo a revogação das reformas, aprovamos a seguinte nota de exigência ao governo Lula. A terceira a respeito ao trabalho escravo, alertando que, só no ano passado, foram encontrados 2.575 trabalhadores em condições análogas às de escravo e que é preciso dar um basta e exigindo punição aos responsáveis. E a última que reivindica políticas contra o ataque, à violência e o extermínio dos povos originários do Brasil.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Edimar Miguel, agradeceu a riqueza de informações e do debate com os outros sindicatos que já tem mais experiência nas negociações com a CSN. Foi construída uma pauta amadurecida e realista, considerando perdas e reivindicações mais importantes, frente às expectativas no chão da fábrica. “Saímos deste encontro fortalecidos para levarmos aos homens e mulheres de aço uma relação de reivindicações para apreciação e aprovação em assembleia. Vamos enfrentar as reuniões com a empresa com uma pauta verdadeira dos trabalhadores e não da empresa como era feita pela diretoria pelega de antes”.

Após a aprovação da pauta, a diretoria do sindicato deverá agendar com os representantes da empresa para discutir os pontos apresentados.

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