Nota Oficial Sobre os Ataques da Nuclep ao Sindimetal-Rio

A Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil – Rio de Janeiro, manifesta, através da presente nota oficial, seu total repúdio a posição sustentada pela NUCLEP em defesa da execução uma multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a ser paga pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro.

Nos causa ainda mais repúdio o fato da posição ser feita por uma empresa pública, durante um governo que foi eleito pela classe trabalhadora para colocar nosso país de volta no rumo da democracia. Onde está a democracia quando uma empresa pública tenta calar e enfraquecer um instrumento de luta dos trabalhadores e das trabalhadoras, com é o centenário Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, lhe impondo prejuízos financeiros irreparáveis?

A CTB Rio de Janeiro, mais uma vez está ao lado do Sindicato dos Metalúrgicos. A posição da diretoria antidemocrática e antissindical da NUCLEP é um ataque não apenas ao Sindicato, mas a toda classe trabalhadora.

Em 2016, o ataque aos Sindicatos e a organização dos trabalhadores e das trabalhadoras veio dos poderes executivo e legislativo com a aprovação das nefastas reformas previdenciária e trabalhista, com medidas que quebraram financeiramente a maioria das entidades de classe do país. Desde então um dos principais instrumentos de ataque tem sido o poder judiciário que, com uma série de decisões que impõem multas impagáveis a entidades alijadas de suas formas tradicionais de financiamento as torna praticamente inviáveis de existir.

Cobramos publicamente do Governo Federal, eleito e empossado com apoio da classe trabalhadora, ações junto à NUCLEP no sentido de mudar o rumo dos acontecimentos. Uma dessas ações, necessariamente, é a demissão do Presidente da empresa, o general da reserva Carlos Henrique Silva Seixas, indicado ainda na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O presidente Lula deve colocar para comandar a NUCLEP um quadro alinhado com o programa que o povo brasileiro escolheu nas urnas em 31 de outubro de 2022. Programa este que, definitivamente, não coloca empresas públicas para atacar as entidades de classe que organizam a luta dos trabalhadores e das trabalhadoras.

Exigimos, por fim, providências para a anulação da multa e do processo contra o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Jesus Cardoso. Empresas públicas não podem cumprir o papel de promover a práticas antissindicais, precisam ser exemplos de democracia e respeito às organizações da classe trabalhadora.

Fora Carlos Henrique Silva Seixas!

Todo apoio ao Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro!

Rio de Janeiro, 13 de abril de 2023

Paulo Sérgio Farias
Presidente da CTB Rio de Janeiro

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