Celebrar o Orgulho, Abraçar a Diversidade e Construir um Sindicalismo Classista e Acolhedor!

Hoje é dia de celebrar o #Orgulho e toda comunidade LGTBQIA+. Não o Orgulho da arrogância, da soberba, mas o orgulho de existir e de resistir. O Orgulho de não sucumbir à vergonha que o sistema capitalista tenta impor aos LGBTQIA+ desde que nascem, destruindo sua autoestima, provocando evasão escolar, gerando preconceitos e relegando a comunidade LGBTQIA+ piores empregos e dificuldades de acessos a serviços básicos como o acesso à educação, saúde e o direito a segurança.

Segundo a Pesquisa Nacional Sobre o Ambiente Educacional, 27% dos LGBTQIA+ sofreram agressões na escola e 73% foram alvos de xingamentos e ofensas. Quando fizemos recortes com a população trans, temos o absurdo índice de 80% de evasão escolar. Nas universidades, pessoas trans são apenas 0,01% das e dos estudantes.

No mercado de trabalho, inúmeros são os obstáculos à contratação e a promoção de pessoas LGBTQIA+. Apenas 8% das lideranças de empresa ao redor do mundo são compostas por LGBTQIA+. Em nosso país, apesar de combativos, os representantes da comunidade LGBTQIA+ no parlamento são poucos. A prostituição e empregos sem carteira assinada costumam ser o local para onde sistema empurra pessoas LGBTQIA+. Principalmente as pessoas trans, onde esse índice chega aos 90%. Os dados são da pesquisa Diversidade e Inclusão (D&I), realizada pela consultoria global Great Place To Work (GPTW).

Diante desse quadro, já passou da hora do movimento sindical tomar uma atitude firme contra a LGBTQIA+fobia e, a Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil –  Rio de Janeiro está disposta a isso. Com diversas iniciativas estamos buscando formação militante e combate à práticas LGBTQIA+fóbicas internamente na central e estaremos inseridos nas lutas do movimento LGBTQIA+.

Precisamos incluir as pessoas LGBTQIA+ e suas demandas específicas nas convenções coletivas. Garantir direitos como uso de banheiro de acordo com a identidade de gênero, uso do nome social e acesso a empregos dignos para pessoas trans. Precisamos tornar nossos sindicatos mais preparados e acolhedores e atrair tabém a pessoa LGBTQIA+ para ser uma liderança sindical de sua categoria.

A data do dia 28 de junho  remete a um acontecimento de 1969,  em Manhattam, nos Estados Unidos, onde era comum batidas policiais e prisões em bares gays. O rito tinha um padrão, policiais invadiam o local, agrediam e amaçavam funcionários e clientes e depois faziam prisões. Em 28 de Junho de 1969, o final foi diferente. Nesse dias, os presentes reagiram e iniciou-se um conflito que virou uma rebelião, chamada hoje de “a Revolta de Stonewall”, um marco da luta dos direitos civis LGBTQIA+.  Chegou a hora de construirmos um marco nosso, o marco do Movimento Sindical rompendo as portas do armário, se encontrando com a diversidade e, com muito orgulho, trazendo as pautas da comunidade LGBTQIA+ para serem pautas também da Classe Trabalhadora.

Na Luta de Classes, o Capitalismo nos rotula, nos divide e nos separa para conseguir assim impor sua dominância. É assim que consegue impor através do machismo salários menores para as mulheres, é assim que oprime os povos originários e o povo negro. É assim que marginaliza e afastas as pessoas LGBTQIA+.  Não permitiremos. A CTB-RJ está com todos e todas na luta. Um Sindicalismo classista e acolhedor é possível.

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Terminou de ler? Não deixe de participar da pesquisa e refletir sobre sua #LGBTQIA+fohia a convite da CTB-RJ! Ajude a central a enfrentar a homofobia e construir um sindicalismo diverso, de lutas e que represente as lutas de toda a classe trabalhadora. O sigilo das suas respostas é garantido! Acesse o formulário pelo site da CTB-RJ ou diretamente pelo link https://acesse.one/pesquisaorgulhoctbrj

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