“Em Cima da Hora” vai levar as lutas da Classe Trabalhadora para Passarela do Samba

A Em Cima da Hora desfila no próximo sábado, pela Série Ouro do Carnaval de 2024. Mantendo a tradição dos de desenvolver temas populares em seus desfiles. A Azul e Branco de Cavalcante, Zona Norte, levará para a Sapucaí o enredo “A Nossa Luta Continua!”, e contará com a presença de militantes e dirigentes da CTB para levar as lutas dos trabalhadores e das trabalhadoras para a passarela do samba.

A escola afirma que o enredo “será uma ode ao trabalhismo no Brasil, contra a precarização do trabalho, reafirmando a luta da classe operária, numa justa e digna homenagem a quem de fato merece o valor dessa nação”.

De volta ao comando da Em Cima da Hora, o carnavalesco Rodrigo Almeida aposta na autoridade dos operários da escola. “Falar de trabalhadores na Em Cima da Hora é retomar o lugar de fala de uma escola que tem como premissa sublimar em poesia a razão do dia a dia para ganhar o pão”, destacou.

Ao lado dele, o carnavalesco Ricardo Hessez fará a estreia na escola. “Eu faço parte desta categoria que levanta cedo todo dia pra conseguir colocar comida na mesa, que além de construir sonhos, também precisa de condições apropriadas. Nossa luta continua, ontem, hoje e sempre. Viva o trabalhador do Carnaval!”, frisou.

Como reforços para 2024, também chegam à escola os intérpretes Rafael Tinguinha e Lissandra Oliveira, o casal de mestre-sala e porta-bandeira Diego Falcão e Winnie Lopes, a coreógrafa da comissão de frente Luciana Yegros, além dos coordenadores coreográficos de alegorias e alas, Léo Torres e Daniel Ferrão, o diretor musical Gustavinho Oliveira e o Diretor de Harmonia Wanderson Sodré.

 

Ouça o Samba da Em Cima da Hora

 

 

Conheça a letra do Samba da Em Cima da Hora:

 

Em Cima da Hora – Samba-Enredo 2024  

A Nossa Luta Continua!

Lá do morro vi o Sol em primavera

Onde o trem vence quimeras

Trabalhar, realidade

Labuta que aprendi desde menino

Ao descer a Zeferino e ir pro centro da cidade

Perdi meu coração nas engrenagens

E no fim dessa viagem baldeada de ilusão

Marquei o ponto, mas rasguei minha carteira

Brava gente brasileira é tempo de revolução

A voz de um país, o povo na rua

Nossa luta continua, fazendo escola

Reflete Paris: O vermelho da flor

Dignidade não é esmola

Da terra escaldante as capitais

Pau-de-arara nunca mais

Eis o sonho retirante

E lá na seca, o candango construiu

O coração do Brasil

Pra pulsar bem mais distante

Da força que enfrenta os canhões

Greve é ato de bravura

Movimento sindical pra dobrar a ditadura

Vem cantar meu carnaval, manifesto de coragem

Imagem, da mãe que carrega no braço seu filho

Carrega também uma caixa na mão

Pra proclamar libertação

Não é mole não, não é mole não

Desfilar a fantasia, ver brilhar meu barracão

Eu sou a pluma que o tempo não desfaz

Força nenhuma há de conter meus carnavais

E quando acendo a alegoria o povo chora

Arquiteto da folia, sou Em Cima da Hora

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