A Pauta Ambiental e seu impacto na vida dos trabalhadores do Rio de Janeiro

O início de 2024 foi marcado por eventos climáticos extremos no Brasil: chuvas torrenciais em São Paulo e Rio de Janeiro, calor intenso no Sudeste e enchentes devastadoras no Sul. Enquanto alguns atribuem esses eventos à “má sorte” ou a um ciclo natural, a ciência nos aponta para um culpado mais concreto: o avanço desenfreado do Capitalismo.

 

É importante desmistificar a falsa narrativa de que as mudanças climáticas são um mero acaso da natureza. Evidências científicas robustas comprovam que a ação humana, principalmente através do sistema capitalista, é a principal causa do aquecimento global e seus efeitos cada vez mais severos.

 

Os grandes concentradores de riquezas do Capitalismo, em sua busca incessante por ter sob suas posses mais riquezas ainda, exploram desenfreadamente a força de trabalho da classe trabalhadora e abusam da extração de recursos naturais e emissão gases poluentes dos mais variados e nocivos. É o caso de Volta Redonda, onde a CSN acumula acidentes de trabalho fatais me suas dependências, espalha poluição pelo solo, pelos ares e ainda mantém uma montanha de escória às margens do Rio Paraíba do Sul, o principal fornecedor de água do nosso Estado.

 

Essa exploração desenfreada devasta ecossistemas, desequilibra o clima e intensifica eventos climáticos extremos, como os que assolaram o Brasil recentemente. Ainda falando do Rio de Janeiro, uma das principais empresas públicas do Estado, a CEDAE foi privatizada recentemente em mais uma atitude que podemos considerar como um ataque às políticas de Saneamento e Preservação promovidas pelo governo de Cláudio Castro.

 

O leilão da CEDAE, além de tirar das mãos do povo um ativo dos mais lucrativos do nosso Estado e entregar ao capital, foi um gigantesco retrocesso no ponto de vista do Saneamento Básico, do Meio-Ambiente e da gestão das águas fluminenses. Um serviço que ficou mais caro e de pior qualidade para o povo, convivendo cada vez mais rotineiramente com eventos como a explosão de adutoras, faltas de águas prolongadas como as que ocorreram recentemente na região de Niterói, na Zona Norte carioca e na Baixada Fluminense.

 

Ao deixar de ser uma empresa pública, a CEDAE perde seu vínculo estratégico com o povo e volta suas atenções para o lucro de seus donos. Colocando em risco os tão necessários investimentos em tratamento de esgoto, o assoreamento dos rios e tira o próprio controle ambiental das mãos do Estado, que passa a observar tudo muito e longe sem compromisso com os nossos biomas.  Uma empresa com papel tão fundamental deveria se manter pública, cm controle social, trabalhando não pelo lucro, mas sim para levar a água como direito humano para todos!

 

E quem sofre com essa ausência de responsabilidade com o meio-ambiente e com o povo trabalhador são justamente os mais pobres.  As mudanças climáticas, como já dissemos, não são as únicas culpas pelos desastres que vemos acontecer cada vez mais vezes por todo Brasil. Elas vem como fruto da ganância do Capitalismo que explora e destrói sem pudor tudo que tem pela frente, ao tempo que tenta burlar ou acabar com qualquer legislação que proteja tanto os direitos dos trabalhadores, quando o meio-ambiente.

 

Os mais pobres e periféricos, empurrados para os extremos e mais isolados, sem direito à cidade, recebem do sistema moradias em local de risco, transporte público caro, lotado e sucateado, direitos cada vez mais negados. Deles, o sistema quer apenas uma coisa: a força do seu trabalho.   E, enquanto esses pais e mães de família se preparam para enfrentar a próxima grande chuva, o Rio de Janeiro receberá a reunião do G20 cujo tema será “combate à fome, pobreza e desigualdade, as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e a reforma da governança global.” Mote que não condiz com as práticas globais das principais potências capitalistas do grupo, que seguem resistindo a medidas realmente eficazes para diminuir as desigualdades sociais e preservar o meio-ambiente.

 

Somente por meio de uma transformação radical do nosso modelo de desenvolvimento, que priorize a sustentabilidade e a justiça social, poderemos construir um futuro resiliente e garantir o bem-estar das próximas gerações. E essa reunião do G-20 no Rio de Janeiro será uma importante chance para os movimentos sociais e populares tomarem as ruas e fazer sua voz ser escutada. Chega de Capitalismo, um mun

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