- 31 de julho de 2023
- Publicado por: José Medeiros
- Categoria: Notícias CTB-RJ
Pela 9ª vez na história fluminense, as mulheres negras se reuniram e fizeram sua marcha contra o racismo e contra o sexismo. O evento aconteceu no último domingo, dia 30, na Praia de Copacabana a reuniu centenas de pessoas. O tema da marcha ele ano era “Mulheres negras unidas contra o racismo, contra todas as opressões, violência e pelo bem viver”.
A CTB Rio de Janeiro, como nos últimos anos, também se fez presente na marcha. Com posição firme contra o racismo e o sexismo em sua faixa, os militantes da Central se uniram às mulheres para combater esses problemas estruturais que até hoje prejudicam – e muito – a vida da população negra no Rio e, em todo Brasil.
Diversas lideranças políticas também participaram da atividade com as deputadas federais Benedita da Silva (PT) e Jandira Feghali (PCdoB), as deputadas estaduais Dani Balbi (PCdoB) e Renata Souza (PSOL).
Na semana em que surgiram avanços nas investigações pela morte da vereadora Marielle Franco, a Ministra a Igualdade Racial, Anielle Franco, sua irmã, compareceu à Marcha junto com sua mãe, Marinete Silva, que faz parte da Comissão de Direitos Humanos da OAB.
A marcha teve presença passiva de ativistas históricos do movimento negro, como Conceição Evaristo, que tem uma indiscutível obra com centralidade na luta contra a opressão do povo negro e que foi a responsável por ler o manifesto de abertura da marcha.
“Vamos ocupar uma das orlas brasileiras de maior visibilidade, é um ato de coragem e denúncia”, – leu a escritora em um dos trechos do movimento, dando o pontapé inicial para que Copacabana fosse ocupada pela mulheres negras, ocupada pela luta contra o racismo.
A Marcha das Mulheres Negras é um evento muito importante de resistência e luta por direitos. Hoje, a situação das mulheres negras no Brasil demonstra que precisamos avançar muito para superar todas as mazelas de uma sociedade erguida sobre a égide do racismo e do escravismo. As mulheres negras são 67% das vítimas de feminicídios e 89% das vítimas de violência sexual. No mercado de trabalho, são as que sofrem mais com o desemprego. São as que mais morrem nos partos e que mais sofrem com violência obstétrica, entre outros índices que demonstram que são as que menos tem acesso a direitos em nosso país. Uma realidade que precisa mudar e que por isso faz todos os anos a CTB se unir às mulheres negras e marchar por justiça, por respeito, por igualdade, pelo fim do racismo e do sexismo.