Sindimetal-SF lança jornal Mulheres de Aço e faz ato pelo 8M em frente a CSN.

O 8 de março é dia de luta e a CTB Rio de Janeiro e o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense (Sindimetal-SF) iniciaram cedo as mobilizações pelo Dia Internacional da Mulher.

Desde as 6 da manhã, a nova direção do Sindimetal-SF está em frente à CSN fazendo uma atividade específica para o público feminino, lançando o primeiro veículo oficial de imprensa da entidade voltado só para as mulheres, o jornal “Mulheres de Aço” enquanto dirigentes e militantes se revezavam no carro de som pautando a luta das mulheres e importância do 8 de março.

“A grande novidade é que foi lançado, hoje, um jornal específico chamado Mulheres de Aço, publicação oficial do Sindimetal-SF que tratará especificamente da temática das mulheres.” – comentou a Secretária Geral da CTB-RJ, Raimunda Leone.

Sob a nova gestão, o Sindicato voltou a ter mulheres em sua diretoria, o que não ocorria nas gestões anteriores. A companheira Rose, metalúrgica da CSN, ocupa a Diretoria de Mulheres, ao passo que a metalúrgica Junielle, também da CSN, compõe a diretoria ao seu lado.

“A gente sabe que as mulheres, no chão de fábrica, enfrentam diversos desafios ligados à questão do trabalho, o resgate de mulheres na diretoria do Sindicato vem para trabalhar essa questão. Para melhorar o ambiente, melhorar as condições para as mulheres.”- disse Raimunda.

A Secretária Geral da CTB-RJ também ressaltou a importância do 8 de março ser protagonizado pela classe trabalhadora:

“Nós enquanto classe trabalhadora, temos que estar à frente dessa luta. Enquanto classe trabalhadora temos que fortalecer a luta das mulheres, não apenas no 8 de março, mas todos os dias. Hoje, especificamente, é um dia que colocamos em evidência nossas pautas, nossas lutas e nossa resistência. É uma data que é um marco da luta das mulheres trabalhadoras, das mulheres operárias” – disse.

O 8 de Março é uma data com diversos significado para a luta das mulheres. Foi em um 8 de março, no ano de 1917, que as mulheres russas mulheres saíram às ruas de São Petersburgo para pedir por pão, melhores condições de vida e pela saída da Rússia da Primeira Guerra Mundial, dando pontapé inicial no processo revolucionário que derrubou o regime dos Czares. A data também faz homenagem a memória da luta das 129 operárias mortas em 1857, durante uma greve nos Estados Unidos.

“Em 1857, cento e vinte nove mulheres foram queimadas vivas dentro da fábrica porque o patrão não aceitou a greve realizada pelas mulheres. Aquelas mulheres, de forma corajosa, enfrentaram seu patrão, perderam suas vidas e permitiram que outras mulheres, hoje, possam avançar em suas conquistas.”

A CTB Rio de Janeiro parabeniza o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense e valoriza que seu presidente e sua diretoria estejam massivamente se somando às companheiras na luta contra o machismo e pelos direitos das mulheres trabalhadoras.

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